O primeiro dia da edição 2023 do festival GP Week aconteceu neste sábado, 4, no estádio Allianz Parque, em São Paulo. Com Hodari, Jaden Hossler, Machine Gun Kelly, Halsey e Swedish House Mafia no line-up, o evento transitou por diferentes públicos ao longo do dia e, mesmo sem atingir a capacidade máxima de pessoas no local, contou com apresentações enérgicas.
Machine Gun Kelly e seu show eclético
Com a carreira iniciada no rap e trap, Machine Gun Kelly transformou sua sonoridade nos últimos anos, pendendo muito mais para um pop rock de tom nostálgico, que remete às bandas do início dos anos 2000. E sua apresentação na capital paulista não foi diferente.
Por volta das 17h, o norte-americano subiu ao palco do GP Week com um macacão de corrida ao som de “Papercuts”, seguida de “Pressure”. Na plateia, dentro do setor Paddock, uma movimentação chamava a atenção. Era ninguém mais, ninguém menos do que Megan Fox, que atualmente namora MGK e fez questão de estar presente no show.
“Se existe algum lugar para um OVNI sobrevoar, seria aqui e agora. E eu acho que acabei de ver um”, disse o artista antes de iniciar a animada “Concert for Aliens”.
Apesar dos seus 33 anos, Machine Gun Kelly sustenta a pose de adolescente rebelde, o que provavelmente justifique a grande parcela de adolescentes que acompanham o seu trabalho. A maioria de suas letras também segue essa narrativa, como “Drunk Face”, onde MGK canta “Eu ainda sou um jovem desperdiçando minha juventude, vou crescer no próximo verão”.
Em uma provável homenagem ao país, Machine cantou “Kuduro”, faixa originalmente gravada por Don Omar e lançada em português por Latino. “Desculpe, mas estamos nos EUA ou na p**** do Brasil? Eu quero ouvir vocês”, indagou o cantor antes de iniciar a faixa que conta com um ritmo típico presente no movimento cultural urbano da Angola. Certo ou não, a tentativa parece ter empolgado mais a plateia.
MGK vestiu a camiseta da seleção brasileira, desceu até o público, relembrou sua última vinda ao país e interagiu – muito – com a plateia, até encerrar a apresentação com “My Ex’s Best Friend”.
Halsey encendeia o palco do GP Week
Já passava das 19h quando Halsey subiu ao palco do GP Week. Neste momento, o estádio, mesmo não atingindo a sua capacidade máxima, se encontrava mais cheio do que no período da tarde. Ao som de “Nightmare”, lançada em 2019, a americana surgiu sob labaredas de fogo.
Em “Castles”, que deu sequência ao primeiro ato, a cantora interrompeu a faixa para conversar com os fãs: “Eu ainda me lembro da primeira vez que fiz um show no Brasil. E me lembro porque foi uma das melhores noites da minha vida. Porque o público estava muito animado. Eu nunca tinha visto algo assim antes e eu mal tinha um disco. Quero pedir um favor a vocês, vou dar uma outra oportunidade e quero vê-los pulando”, disse a cantora em tom provocativo, convidando a plateia para se conectar mais com a apresentação.
“Easier than Lying” e “You Should be Sad” também marcaram presença na setlist. O sucesso “Closer”, responsável por abrir as portas para Halsey em todo o mundo ganhou uma roupagem nova, em uma versão regada a riffs de guitarra.
Além das faixas mais recentes, a cantora separou espaço na setlist para trazer alguns sucessos passados, como “Hurricane” e “Gasoline” e também mostrar o lado multitalento assumindo a guitarra em “3am”.
Halsey encerrou o show com pouco mais de uma hora de duração, ao som de “I am Not a Woman, I’m a God”, se mostrando completamente agradecida com a recepção calorosa do público brasileiro e deixando claro que pretende retornar ao país sem mais um grande espaço de tempo.