Na noite desta sexta-feira (10), a colombiana Karol G se apresentou em São Paulo, no Centro Esportivo Tietê, com a turnê “Mañana Será Bonito”. Em única apresentação no país, o show encerrou a etapa Sul-Americana da turnê que, no ano passado, foi responsável pela maior bilheteria latina do mundo, arrecadando US$ 155,3 milhões em ingressos.
O show no Brasil foi especial em diversos aspectos, começando pelo fato de que foi o único até agora não realizado em estádio. Karol, que já é consagrada em todo o mundo como um dos maiores nomes latinos da música, veio comprometida em conquistar a sua fatia do mercado brasileiro – um dos mais difíceis para cantores de língua hispânica, e não aceitou entregar menos dos que as outras apresentações, mesmo em um espaço bem menor do que está acostumada.
A cantora fez questão de trazer ao país a sua estrutura completa, com uma passarela que se estendia até o setor pista. Todos os elementos visuais e pirotécnicos apresentados nos estádios foram colocados no Centro Esportivo sem qualquer adaptação. Era realmente impressionante a grandiosidade do palco.
Tudo foi estrategicamente pensado para proporcionar uma experiência única aos brasileiros presentes – mesmo com boa parte da plateia composta por bolivianos, venezuelanos e chilenos -, a começar pela narração da história que permeia todo o show. O apresentador Pedro Bial, juntamente com Pabllo Vittar, foram escalados para dar vida ao conto da sereia Carolina, personagem fictícia que após passar por uma desilusão amorosa, precisa redescobrir maneiras de explorar o mundo.
A imersão, inclusive, acontece já na entrada. Ao acessar o local, todo o espaço está tomado pela temática da “Mañana Será Bonito”. Infláveis com os personagens da história, espaços instagramáveis, paredes com lambes e pulseiras personalizadas. Um storytelling extremamente elaborado.
No palco, o show começa ao som de “TQG”, sucesso lançado em parceria com a sua conterrânea Shakira e, com certeza, uma das colaborações mais aguardadas dos últimos anos. Em “BESTIES”, faixa que também integra o álbum “Mañana Será Bonito”, um exército de bailarinos toma conta do palco.
Quem vai ao show esperando uma enxurrada de melodias pop pode se frustrar, mas ninguém sai sem dançar. A colombiana têm como ritmo principal de suas músicas o reggaeton, estilo urbano que equivale ao funk carioca nos demais países latinos. E assim como Bad Bunny, não abre mão de trazer suas raízes na setlist, que conta também com bachata e cumbia.
“Tusa”, parceria com Nicki Minaj, é a música mais conhecida da artista no Brasil e foi um dos pontos altos da noite, com direito a performance em plataformas elevadas e um coro forte por parte público. Outra faixa que ganhou o público foi “Amargura”, do disco mais recente.
Após mais de 2 horas de apresentação, a colombiana, sem dúvidas, poderá ir embora do país com a sensação de dever cumprido e a certeza de que iniciou, com o pé direito, sua entrada em terras brasileiras.
