Em meio à expectativa por shows de trap, funk e hip-hop, Burna Boy subiu ao palco Skyline do festival The Town, neste sábado, 6, e entregou uma performance que quebrou o gelo — literal e figurativamente. Com sua estética afro-fusion calorosa e um carisma que parece irradiar raios de sol, o nigeriano foi uma lufada de atmosfera envolvente e multicultural no Autódromo de Interlagos.
Uma Surpresa Bem-Vinda
Apesar da temperatura amena e de parte do público voltado para os headliners Travis Scott e Don Toliver, Burna Boy não se intimidou. Com uma banda completa que incluiu backing vocals, trompete, saxofone, bateria e tambores, o artista mergulhou em ritmos que transitam entre afrobeat, reggae e R&B, criando um ambiente dançante e cheio de alma.
Interatividade e Presença de Palco
O cantor interagiu com o público de maneira genuína: convidou a galera a formar “rodinhas”, pular e participar ativamente da apresentação. Em um momento marcante, provocou um pouco de estranhamento e sorrisos ao pedir que “homens, mulheres e qualquer outro no meio” tirassem a camisa e balançassem juntos — um gesto de descontração e empoderamento coletivo.
Repertório Moderno
O set list privilegiou seus trabalhos mais recentes, como do álbum No Sign of Weakness (lançado em julho de 2025), além de faixas de I Told Them… (2023) e Love, Damini (2022). A ausência de canções de seus primeiros álbuns — L.I.F.E, On a Spaceship e Redemption — talvez tenha decepcionado alguns fãs saudosistas, mas reforçou o momento de evolução e maturidade artística que ele vive.
O Resultado no Palco Skyline
No segundo dia do festival, que também contou com nomes como Filipe Ret e Don Toliver, Burna Boy conseguiu transformar uma noite de preferência majoritária por trap em uma celebração vibrante da cultura africana. Sua performance não foi apenas música; foi um convite à dança, à expressão corporal e à vivência cultural.
