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Fãs no palco, Seu Jorge e explosão de cores no Morumbi: veja como foi o primeiro show do Coldplay em SP

Se por um lado a última sexta-feira, 10, em São Paulo, foi marcada por momentos caóticos no trânsito devido à forte chuva que caiu na cidade ao longo da tarde, por outro pode-se dizer que foi um dia histórico para quem teve a oportunidade de viver o primeiro, dos 11 shows do Coldplay marcados no Brasil com a turnê mundial ‘Music of the Spheres’.

A expectativa, aliás, estava grande, já que originalmente os shows aconteceriam em outubro do ano passado e foram remarcados por conta de uma infecção pulmonar que atingiu o vocalista Chris Martin. E a espera valeu a pena! Mais de 70.000 pessoas foram até o estádio Cícero Pompeu de Toledo, mais conhecido como Estádio do Morumbi, na zona Sul da cidade, para assistir ao espetáculo.

Antes dos britânicos subirem ao palco, a brasileira Elana Dara e a banda escocesa CHVRCHES aqueceram o público com seus shows de abertura. Em consideração aos fãs que estavam com dificuldade de chegar ao local, o Coldplay atrasou o início da apresentação em meia hora. Três fãs brasileiros, visivelmente emocionados, subiram no palco para anunciar a tão aguardada entrada da banda.

“Higher Power”, do álbum Music of the Spheres, lançado em 2021 e que dá nome à turnê, abre a noite. Tamanha a grandiosidade da estrutura montada por Coldplay, que em um primeiro momento, fica até difícil localizar a banda na entrada. Logo, o estádio é tomado por uma enxurrada de cores formada pelas famosas pulseiras inteligentes que funcionam de forma sincronizada às músicas. Os shows de fogos também estão presentes desde o início do show.

Cada detalhe é pensado minuciosamente para que o público do Coldplay tenha a melhor experiência – e este é o ponto que torna o show da banda um objeto de desejo em massa e, até mesmo, de status. Por outro lado, a quantidade de elementos contidos (que é impossível dizer que não é incrível!) muitas vezes torna-se maior do que a própria música.

Mas também é inegável que os britânicos acumulam uma quantidade grande de sucessos. E isso fica nítido na sequência arrebatadora de “Paradise”, “The Scientist” e “Viva La Vida”, cantadas em uma só voz pelos fãs.

Foto por Iris Alves (@irisalvesc) / Live Nation

“Me desculpem pelo meu português que é horrível”, disse Chris à plateia antes de arriscar algumas palavras em português. “Obrigado pelo esforço de estar aqui hoje. Mesmo com a chuva, o trânsito e todos os outros problemas. Gratidão!”, agradeceu o vocalista que também ganha pontos quando o assunto é simpatia. O artista esbanja carisma entre o público, se comunica, faz dancinhas desengonçadas que cativam e coordena o espetáculo com maestria.

Outro momento marcante aconteceu em “Let Somebody Go”, onde Martin chamou uma fã paulista para subir no palco, sentar-se ao seu lado no piano e cantarem juntos a balada, que na versão original é tomada pela voz de Selena Gomez. A fã, de nome Anália, não decepcionou e cantou afinada, arrancado gritos e aplausos da plateia.

Convidados brasileiros

No último bloco os integrantes se dirigiram até o terceiro palco, o mais distante do cenário principal, se aproximando dos fãs que estavam na pista e na arquibancada. Este momento foi marcado por convidados especiais.

A primeira participação foi em “Sparks”, quando Cris Botarelli, da banda Far From Alaska, se uniu a banda para tocar guitarra. A artista se mostrou bastante emocionada. Depois, foi a vez de Seu Jorge subir ao palco. O astro brasileiro cantou o seu sucesso “Amiga da Minha Mulher” ao lado de Chris e de um coral de vozes formado pelos fãs.

Foto por Iris Alves (@irisalvesc) / Live Nation

O misto de sensações ao longo do show é potencializado com a tecnologia. São inúmeros momentos que tocam e emocionam. “Yellow” é um desses. Um mar de luzes amarelas tomam conta do estádio em movimentos que arrepiam. “My Universe” também surpreende com um show a parte de lazer, chuva de papel picado em formato de estrelas, bolas gigantes flutuantes e todo o público tirando o pé do chão. Aqui, é possível sentir a estrutura tremer.

“Biutyful” encerra a noite com mais fogos de artifícios e a frase “Acredite no amor” no mega telão ao fundo do palco. A sensação ao fim do show é de alma lavada e um misto de sensações que só se explica ali.

O Coldplay ainda fará mais 5 shows em São Paulo nos dias 11, 13, 14, 17 e 18 de março. Depois disso, seguem para Curitiba onde se apresentam nos dias 21 e 22, no estádio Couto Pereira e encerram a turnê brasileira no Rio de Janeiro nos dias 25, 26 e 28 de março, no estádio Nilton Santos Engenhão. Alguns ingressos ainda estão disponíveis no site da Eventim.